quarta-feira, 25 de julho de 2007

Uma reminiscência

Hoje, minha nota beira à nostalgia, pois passo uma volta em meus idos de criança, para lembrar de uma coisa que é uma das mais importantes lições que se pode ter. A de que a busca pelo conhecimento e pela vivência não é, nem um pouco, um ato de espera. É um ato de busca e conquista. Quantas vezes, ao buscarmos respostas para nossas indagações, recebemos um brutal "porque mesmo", que parece nos derrubar, nos querer fazer desistir, mas que, na realidade, é a alavanca que precisamos para nosso progresso, pois muitos, depois dessa resposta, mergulham no conformismo de ter de esperar, ou muitos, e eu me refiro a esta geração que é jovem agora, estão apenas preocupados em "curtir o momento", e qualquer tentativa de enriquecimento espiritual e pessoal ruirá por terra. Fico pensando em todas as coisas que busquei, por não me deter ante essa resposta que citei nesta nota. Sempre busquei e ousei conhecer, a despeito de qualquer limite. É como uma guilgue espartana, só que o embate não é apenas físico, mas espiritual. Sobrevivemos porque nossa força de vontade nos impele a sempre não nos conformarmos em conhecer somente, mas em descobrir. Qando criança, amava desmontar coisas até decompô-las em algo que eu não pudesse mais decompor; viajar ao fundo das coisas, como diria meu pai, e jamais se deter ante qualquer obstáculo; ao contrário, os obstáculos são combusíveis para as transformações. Como diria um antigo provérbio persa, "Nossa Alma se divide com o que construimos, e cada peça feita por nós tem muito de nossa alma". Me pergunto sempe porque as pessoas têm tanto medo de viajar dentro de si...Que maravilhosas descobertas fariam, se ousassem fazê-lo...


"No dia de um sol forte
Tomei os elementos como amantes
Me deixei seduzir
Por seus calores e intensidades
Por suas procelas indomáveis
Pois cada elemento da natureza
Tem partes de tua essência"