quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Entreato

Usei, mais do que nunca, a meditação, o encontro comigo mesmo, nestes meus dias ausente do blog. Era como uma torrente de idéias, que mexe contigo até a raiz dos ossos, e, de verdade, faz com que as coisas se mexam bastante, se agitem dentro de mim. Depois deste intervalo, volto a escrever diariamente. O pensamento em forma de verso, que deixo aqui hoje, é o resultado desta meditação, e deste repensar de coisas...

O que serás?
Silenciosa observadora de minha poesia
Ou ativa entusiasta, buscando ver e sentir tal poesia?
O que serás?
Indiferente ao coração que clama
Ou visitarás a morada dele
E saberei, porque teu nome ficou lá?
O que serás?
Somente tu podes dizê-lo
Se serás apenas tal apontador
A buscar falas perdidas dos atores
Ou atração principal
Que aplaudirei entusiástico e vibrante?
O que serás?
Fernande Olivier?
Olga Kokhlova?
Marie-Therése Walter?
Dora Maar?
Ou serás a doce Françoise Gilot,
Última musa do artista indomável?
Apenas tu poderás dizer
E apenas eu
Poderei sentir...
O que serás...?