segunda-feira, 30 de julho de 2007

Desprendimento

Muito se pergunta, hoje, acerca de quanto somos desprendidos em nosso cotidiano...Até que ponto somos capazes de deixar nossa vida cartesiana e prestar atenção nos desdobramentos deste mundo, enxergar além do palpável? é esse convite que eu faço, o de lançar a vista além do nosso umbigo, além daquilo que convencionamos, daquilo que estabelecemos como inalterável e incontestável...Buscar além do paradigma,além do arraigado...
Melhor seria se pudéssemos encarar o horizonte não como barreira, mas como etapa para seguirmos em frente, em nossa jornada de conhecimento e autoconhecimento. Me vem muito à lembrança a epopéia dos navegadores portugueses, em que o limite do mundo, para muitos, era o Cabo Bojador, barreira apaentemente inttransponível, que ferveria navios e engoliria tripulações...Mas aqueles intrépidos navegadores o dobraram, e fora mais adiante e avante, durante muito tempo, do que qualquer um que tentasse.
Assim, me ponho ao lado deles, que souberam levar a vontade de vencer aos confins do mundo, e nada os fez arrefecer ou mesmo pensar em voltar. Sejamos navegadores de nosso oceano de incertezas e as vençamos...Colonizemos nosso espírito com nossa vontade de viver e nosso desprendimento pra descobrir sempre além de nós...Eu os convido a ir além, a mares nunca dantes navegados de vocês mesmos...

"Minha Nave de Velas Rubras
Meu coração feito nau
Navega os mares tempestuosos
De teu mundo mulher
Minha Nave de Velas Rubras
Dobra o Bojador de ti
Em ganas de perder-te
Em teus intensos pélagos"