segunda-feira, 30 de julho de 2007

Desprendimento

Muito se pergunta, hoje, acerca de quanto somos desprendidos em nosso cotidiano...Até que ponto somos capazes de deixar nossa vida cartesiana e prestar atenção nos desdobramentos deste mundo, enxergar além do palpável? é esse convite que eu faço, o de lançar a vista além do nosso umbigo, além daquilo que convencionamos, daquilo que estabelecemos como inalterável e incontestável...Buscar além do paradigma,além do arraigado...
Melhor seria se pudéssemos encarar o horizonte não como barreira, mas como etapa para seguirmos em frente, em nossa jornada de conhecimento e autoconhecimento. Me vem muito à lembrança a epopéia dos navegadores portugueses, em que o limite do mundo, para muitos, era o Cabo Bojador, barreira apaentemente inttransponível, que ferveria navios e engoliria tripulações...Mas aqueles intrépidos navegadores o dobraram, e fora mais adiante e avante, durante muito tempo, do que qualquer um que tentasse.
Assim, me ponho ao lado deles, que souberam levar a vontade de vencer aos confins do mundo, e nada os fez arrefecer ou mesmo pensar em voltar. Sejamos navegadores de nosso oceano de incertezas e as vençamos...Colonizemos nosso espírito com nossa vontade de viver e nosso desprendimento pra descobrir sempre além de nós...Eu os convido a ir além, a mares nunca dantes navegados de vocês mesmos...

"Minha Nave de Velas Rubras
Meu coração feito nau
Navega os mares tempestuosos
De teu mundo mulher
Minha Nave de Velas Rubras
Dobra o Bojador de ti
Em ganas de perder-te
Em teus intensos pélagos"

domingo, 29 de julho de 2007

Música, Coração e Alma

Hoje,um domingo especial, com o concerto de encerramento do Festival de Inverno de Campos do Jordão, com a Orquestra Acadêmica do Festival, que reúne pessoas de todas as idades, professores e alunos, onde os mais destacados ganham bolsas de estudo para aprimorar suas habilidades no exterior, mais precisamente na Áustria e na Alemanha. No programa, "Don Juan", de Richard Strauss, e a ária "Who Care if She Cries", de Jocy de Oliveira, na bela voz de Gabriela Geluda, e, finalizando, a magistral "Scherazade", de Rimsky-Korsakov. Isso me levou a uma reflexão profunda, sobre a música, não apenas na sua criação, mas todas as forças que a fazem surgir, refluir e se tornar imortal...
Lembro-me quando assisti "Amadeus" pela primeira vez, e vi o duelo entre a genialidade plena de Mozart e a mediocridade transformada em inveja virulenta, de Salieri. Para Mozart, a música era como um rio que, intensamente caudaloso, vertia de seu coração como iluminada fonte; o desprendimento em pessoa, a magia em forma humana, enquanto Salieri, que jamais agia com a alma, vê a debácle de sua música, enquanto a de seu rival se imortaliza; se ele, em sua vida, abrisse seu coração e sua alma, talvez a inveja jamais fosse sua companheira, pois descobriria rápido o segredo que imortalizou Mozart...
O que nos leva tal duelo? Nos leva a buscar, cada vez mais, nosso próprio coração, para sentir a música que emana dele, ou as maravilhiosas notas de nossa alma, a aplacar o peso dos dias inclementes, das coisas que parecem querer nos engolir...Busquem o coração e a alma, busquem a música dentro de si, e descobrir-se-ão mais poderosos do que jamais sonharam...

"Nos teus gestos
Reges a sinfonia de mim;
Tuas mãos conduzem
A orquestra de meu corpo
Na pauta de minha pele
Escreves com teu gozo
Tuas notas eternas
De apaixonada obra-prima"

sábado, 28 de julho de 2007

Participar ou simplesmente passar ao largo?

Não se pode deixar de expresar opinião ou emitir juízo de valor quando o assunto é o terrível acidente com o vôo 3054 da TAM. Muito mais agora, que as evidências das caixas pretas mostram que os manetes de empuxo(que regulam a força das turbinas) estavam em uma posição que, ao invés de desacelerar, aumentaram a velocidade do avião, impedindo-o de frear. Claro que o piloto, o suposto responsável por essa "Falha humana", não poderá se defender, visto que é uma das vítimas desse malfadado vôo...
Mas se põe diante disso uma questão: não está na hora de deixarmos de ser meros espectadores, e colocar nossa posição de participantes dessa sociedade com maior força e autoridade? Não posso deixar de me lembrar de Mohandas Gandhi - O Mahatma - e da frase que abriu o caminho para a indpendência da Índia: "150 mil ingleses não podem controlar 300 milhões de indianos se esses se recusarem a cooperar". E assim foi. Por que não impor nossa força de vontade agora, e clamar por mudanças? Os quadros políticos que estão a reger o país foram colocados lá por nós, eleitos por nossa vontade e voto. E é exatamente nossa vontade e voto o nosso mais influente e precioso instrumento de participação. Não defendo bandeiras nem siglas, embora não negue minhas tendências monarquistas, mas acho que estamos em um momento em que siglas e tendências (que, na realidade, jamais se cristalizaram como tal no Brasil, mas isso é assunto pra outra nota)têm de ser esquecidas em prol de uma real transfomação deste país. Não uma busca de "ismos", mas a busca por um verdadeiro país...

"Minha voz
É só uma voz
Mas se outras se juntarem
Serão mais que vozes;
Será um turbilhão
Que jamais deixará de ser ouvido
Que jamais será esquecido"

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Pensar

Hoje. dedico esta nota a este simples ato, que nos leva muito além de nós mesmos, que faz com que sejamos muito mais que nossos limites. Um mapa que nos transporta a momentos e sentimentos muito além da nossa compreensão...Mas, fica sempre a pergunta: nós realmente pensamos? Não falo daquele simples momento de passar as coisas pela cabeça, mas falo de pensar o dia, as coisas que se vivem nele, pensar o que conquistamos, o que adquirimos, o que aprendemos; muitas vezes, tão premidos que somos por nosso ritmo automático(metas, projetos, cifras e índices)não pensamos nosso aprendizado de cada dia, que é o que verdadeiramente faz a vida ter sentido, que nos faz filtrar as coisas que recebemos em nossa vivência diária, e que, na maioria das vezes, mal absorvemos. Embotados assim, fazemos , muitas vezes, as coisas erradas, tomamos as decisões erradas e seguimos os caminhos errados...
Então, vos faço um convite: pensem, mas pensem de verdade, com os verdadeiros instrumentos do pensar, que são nossa consciência e nossa personlidade, pois, se usamo-las com a devida presteza, seguiremos pelos caminhos certos, tomaremos as decisões certas e, melhor do que tudo, faremos sempre as coisas certas...

"Hoje
Carrego nas palavras,
As sílabas de uma saudade
Quando lhas pronuncio
Elas, magicamente,
Te desenham infinda
Intensa
Tu..."

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Minha Pátria é Minha Língua

Hoje, ao escutar uma reportagem da Jovem Pan(acreditem, mas a televisão, para mim, só tem uma serventia como apêndice de meu DVD)senti na voz da locutora a "preocupação", com a reforma da língua portuguesa, que depende de aprovação do Congresso para vigorar no Brasil. No tempo em que estamos, onde a "agilidade de informação" e a "praticidade" foram elevadas a loas supremos, cada vez mais o "miguxês", a língua da internet, vem sendo verdade incontestável...
De que servirá, de fato, essa reforma? Agilizar para quê? Língua não é somente a fria sintaxe e a fleumática ortografia. Língua é construção, língua é cultura, os alinhavos que vamos adicionando ao correr da existência de uma nação. Língua é expressão de arte, de cor até, da cor intensa de um povo, de sua intensidade. É o coração pulsante de um país. Lembro dos românticos, como Alencar e Gonçalves Dias(Um conterrâneo de quem me orgulho)que tentavam, em seu vigor de escritores, remodelar os padrões da língua, imbuídos que estavam de vê-la autêntica, livre do que eles chamavam de "carcomismo coimbrão". E, aí, nos voltamos a Portugal. Será que eles, como nós, não vêem em sua língua algo de identidade, de marca de nascença? Tenho certeza que sim. Temo mais do que nunca a ascenção do Miguxês, que muitos tecem loas de novo dialeto. Esse, sim, é um acinte e um desacato a uma língua bela e fluida como a portuguesa. Como diria Caetano, "Minha Pàtria é Minha Língua". Que faremos se o nosso maior tesouro for reduzido a gírias sem sentido?

"Te busco
Na métrica perdida
De um espaço
De versos infindos
Onde
O ato de ser
É mais que pura existência
É...
Magnificência"

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Uma reminiscência

Hoje, minha nota beira à nostalgia, pois passo uma volta em meus idos de criança, para lembrar de uma coisa que é uma das mais importantes lições que se pode ter. A de que a busca pelo conhecimento e pela vivência não é, nem um pouco, um ato de espera. É um ato de busca e conquista. Quantas vezes, ao buscarmos respostas para nossas indagações, recebemos um brutal "porque mesmo", que parece nos derrubar, nos querer fazer desistir, mas que, na realidade, é a alavanca que precisamos para nosso progresso, pois muitos, depois dessa resposta, mergulham no conformismo de ter de esperar, ou muitos, e eu me refiro a esta geração que é jovem agora, estão apenas preocupados em "curtir o momento", e qualquer tentativa de enriquecimento espiritual e pessoal ruirá por terra. Fico pensando em todas as coisas que busquei, por não me deter ante essa resposta que citei nesta nota. Sempre busquei e ousei conhecer, a despeito de qualquer limite. É como uma guilgue espartana, só que o embate não é apenas físico, mas espiritual. Sobrevivemos porque nossa força de vontade nos impele a sempre não nos conformarmos em conhecer somente, mas em descobrir. Qando criança, amava desmontar coisas até decompô-las em algo que eu não pudesse mais decompor; viajar ao fundo das coisas, como diria meu pai, e jamais se deter ante qualquer obstáculo; ao contrário, os obstáculos são combusíveis para as transformações. Como diria um antigo provérbio persa, "Nossa Alma se divide com o que construimos, e cada peça feita por nós tem muito de nossa alma". Me pergunto sempe porque as pessoas têm tanto medo de viajar dentro de si...Que maravilhosas descobertas fariam, se ousassem fazê-lo...


"No dia de um sol forte
Tomei os elementos como amantes
Me deixei seduzir
Por seus calores e intensidades
Por suas procelas indomáveis
Pois cada elemento da natureza
Tem partes de tua essência"

terça-feira, 24 de julho de 2007

A Arte em Todos Nós

Hoje amanheci a refletir sobre algo dentro de mim que se agita desde a infância. O ato de conceber a arte, criá-la, é fruto da "inspiração", que nos baixa, ou simplesmente é a vontade de nosso coração, que nos faz retratar as coisas como gostaríamos ou como as vemos dentro de nossas almas? Me aferro à segunda hipótese, pois nossa alma e nosso coração, livres, nos levam a paroxismos de criação que, em muitas vezes, chegam a nos roubar as forças, a nos extenuar, como que sugassem nossa energia vital e a transformassem em arte pura...
Nada é mais intenso do que transformar a vida em arte. A arte de viver, de sentir, de buscar o coração, não com a lógica cartesiana da exata posição das coisas, mas na flexibilidade de um espírito imortal e indomável...Fujo da visão aristotélica da alma como "prisioneira" do corpo, o "campo de batalha entre a razão e a vontade". Quando derramamos nossas palavras no papel,ou pintamos, ou compomos, fazemo-lo pelo mais sagrado de todos os mistérios, pois o homem, assim criado à imagem e semlhança de Deus, o homenageia com a arte. Como aquele homem que chega a tocar em Deus, no teto da magnífica Capela Sistina. Aquele momento é momento sagrado de União, em que Ele, supremo do Universo, nos concede o maior tesouro que existe: a vida, e todos os seus parâmetros e alcances...A arte, longe de ser uma "inspiração" sazonal, é constância na alma humana, apenas esperando pra ser desperta, como diria Michelângelo a Bramante, quando trazia o bloco de mármore de Carrara que se tornaria Moisés: "Ele já está aí, dormindo; eu apenas o despertarei"...Pensei na vida, não como ciência precisa e exata, mas como arte, intensa e fluida, flexível e alada...

"Hoje Sinto
Amanhã escrevo
À tarde esculpo
À noite, intenso,
Me compraz perceber-te em arte..."

Cena Matutina

Hoje, quando levantei e me dirigia ao meu local de trabalho, participei de um acontecido que me fez refletir sobre quão isoladas são as pessoas...No caminho para o trabalho, a uma quadra, mais precisamente, uma moça estava com dificuldades em trocar um pneu. Vi, da distância em que estava, três pessoas passarem de largo, apesar dos pedidos de ajuda, apenas murmurando alguma coisa, do tipo "estou atrasado", "estou com pressa", ou a mais corrente, "não tenho tempo". Faltavam quinze minutos para comçar minha aula, e meu aluno já tinha chegado, mas resolvi ajudá-la, e percebi que, mesmo tendo aceito minha ajuda, ela ainda conservava uma expressão, um ríctus de susto, como se esperasse algo mais daquele simples gesto de ajuda, como "a presa diante de seu predador", como havia comentado a um amigo. Qando terminei, ainda faltavam cicno minutos pra começar a aula, e apressei-me um pouco, mas não cheguei atrasado. Quando caminhava na direção do prédio onde deveria dar aula, ainda pude vê-la arrancando às pressas, como se quisesse sair do inferno. Fiquei a meditar sobre isso, e senti que, realmente, as coisas e os valores que vivemos hoje nos tendem a fazer-nos isolados, sem solidariedade, ou mesmo até, naquele pressuposto de que "todos são maus até ue se prove o contrário".Assm, onde nós chegaremos? Me lembro bem de um frase de Mahatma Gandhi, que dizia que "se seguirmos sempre a política do olho po olho, acabaremos todos cegos";eu o parafraseio e digo: "se nos isolarmos mais e mais, e enterrarmos a solidariedade, acabaremos por nos tornar várias ilhas, onde só vislumbraremos nosso umbigo"...

Reflitam e Vivam melhor...

domingo, 22 de julho de 2007

Palavras que faço minhas

Hoje, deixo minhas palavras de lado e faço minhas as palavras do marido de uma das aeromoças mortas no acidente com o vôo 3054 da TAM...Leiam e reflitam
SE O AMANHÃ NÃO VIER...
Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir
Eu aconchegaria você mais apertado, E rogaria ao Senhor que protegesse você.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela
porta, Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta, Para abraçar e beijar uma vez mais.
Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em
oração, Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua, Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.
Se eu soubesse que essa seria a última vez, Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO Ao invés de assumir que você já sabe disso.
Se eu soubesse que essa seria a última vez, Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar: "Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."
É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão, E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.
É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: "EU TE
AMO", E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:
"Posso te ajudar em alguma coisa?"
Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos, Eu gostaria de dizer O QUANTO EU AMO VOCÊ, E espero que nunca esqueçamos disso.
O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho,
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da
pessoa que você ama.
Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?
Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo
resto de sua vida, De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo, Porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queria.
Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE.
Bem apertado. Sussurre nos seus ouvidos, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer Junto de você.
Gaste um tempo para dizer: "Me desculpe" "Por favor" "Me perdoe" Obrigado" ou ainda: "Não foi nada" "Está tudo bem".
Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue..,

Ajuda ou Aprendizado?

Dia de dar uma volta por aí, visitar as lojas de gadgets(quem não gosta disso) e, para não perder o vício, visitar as livrarias. Na maior parte das vezes, os livros de auto-ajuda povoam as prateleiras, oferecendo a cada um a panacéia do momento, para deslanchar e se dar bem na vida; um explicando o que um religioso e um executivo podem fazer pela sua carreira; outro, explicando as origens distintas e os distintos modos de pensar de homens e mulheres; mais adiante, encontro um que explica como os pais podem influenciar os filhos na escolha das carreiras, e, sem parar um instante, um grupo inteiro de estantes dedicado a essa grande religião do mundo moderno: a auto-ajuda.
Mas uma pergunta se lança: auto-ajuda? Pergunte a qualquer um que tenha lido tais livros se ocorreu uma, mesmo a mais tênue, mudança em sua vida...Pergunte se o monge a ensinou a ser mais serena e tolerante, ou se o executivo a ensinou a ser mais organizada, ou a perseguir com mais tenacidade seus objetivos, ou se o fato de ser homem, signo de Marte, ou mulher, signo de Vênus, ensinou, na compreensão dessas diferenças, a conviver e viver melhor com elas...Vamos, pergunte...No livro sobre os pais, a reação, foi de um espanto grande. Fico pensando nas famílias hoje, em que os pais se reduziram a mera engrenagem organico-biológica, entregando a educação dos filhos completamente na mão das escolas, que, mesmo elas, enfrentam difculdades em fazê-lo...Se, para educar seu filho, tu precisas de um livro de auto-ajuda, acho que eu perguntaria seriamente pra que ser pai ou mãe se não se sabe sê-lo...
Sou de uma geração em que pais eram mais que pais, eram exemplos, cônscios desse papel, e o faziam todo o tempo, sabedores eles que cada gesto seu era u'a manobra de aprendizado, uma semente espargida e germinada. Eles sabiam que eles tinham de ser guias de seus filhos, daí serem sempre exemplos...Hoje, o que se vê são gerações que surgem sob o conceito do amor como forma de provimento, onde fazer gostos e vontades é tônica para se "funcionar direito", quando o que deve ser ensinado são valores do cidadão e a ética para vivê-los, pois é um caminho difícil e árduo de ser seguido, mas o galardão para a alma é ilimitado...
Assim, se precisas realmente de ajuda, busque sua força, ou busque exemplos , nas coisas que realmente importam, não em máscaras politicamente corretas e discursos vazios...Lembre-se: fomos feitos à imagem e semelhança de Deus, e podemos ser bem mais do que imaginamos ser. Assim, tenha certeza de que , longe de achar em livros de auto-ajuda ou similares, busque-se, primeiro , em sua própria fé, e, tenha certeza, todos os teus desejos prosperarão. Somos queridos de Deus, e Ele jamais nos abandona...Como diria uma amiga que tenho carinho por demais...O livro de auto-ajuda, em verdade, só ajuda uma pessoa: o autor, se você comprar , é claro...

Onde és
Que te encontro
em meio à bruma
Onde nada mais se vê?
Fugi de mim
Em busca de mais Luz
Busquei-te
Em meu caminhar cego
Me deste teu coração
E o fiz meu
E te fiz
Minh'alma...

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Nossa Mente, Nosso Universo

Ontem, eu havia falado sobre as pessoas que, longe de verdadeiramente viver, deixam apenas a vida passar por elas, sem sequer haver experimentado a intensidade que esse maravilhoso tesouro, a vida, proporciona; uma pergunta surge daí: como será o coração e a mente dessas pessoas?Será que, algum dia, elas se deixaram levar pelo calor de um debate, pela extremamente gostosa sensação de uma descoberta?
Me pergunto isso, pois a nossa mente é de um cabedal tão grande de coisas, que mesmo numa vida inteira não a exploraríamos por completo. Daí, kardecista que sou, tenho certeza de que repetidas vezes voltamos, para completar elos e partes que faltam, nessa intrincada jornada que é a jornada da alma. sei que muitos preferirão vidas previsíveis, onde tudo está arranjado, ajeitado, nada sendo diferente, tendo a certeza de que o dia vai ser, sempre, igual ao outro. Aí, lanço a pergunta: de que valerá viver assim, se a descoberta, parte maior da evolução do ser humano, embota e definha? Muitos dirão: "assim se pode viver sem sustos". Puxa vida!!! Viver sem o "susto" de ter uma nova vivência,uma nova intensidade, uma nova vontade? Ouço isto, e me lembro do grande mestre dos Ballets Russes, Serge Diaghilev, que, ao fitar os jovens compositores, que se apresentavam para compor ballets para sua companhia, tinha uma frase na ponta da língua: "Me dê um susto, se puder"
Nossa vida só tem sentido se jamais a privarmos desse combustível, dessa vontade de sentir desde uma nova essência, a caminhar uma jornada diversa. Nesse mundo em que os valores humanos foram reduzidos a cifras, nada mais estimulante que irmos além de nós mesmos. Por que ser "igual", se ser original é assaz mais recompensador? A palavra-chave pra bem viver é sempre se deslumbrar...

"No nascer do sol
Jamais me sinto tocar por ele
Da mesma maneira
Está lá, impávido, mas

Se o sentires bem
Jamais tu o verás
Te tocar
Da mesma Forma..."

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Ousar Viver

Hoje foi o dia de correria, de pensar no plano de aula de amanhã(dia de levantar cedo, voltar cedo, e, depois, cuidar de outras fainas)Ontem, ainda sob o impacto do acidente, peguei um livro a esmo pra ler, intitulado "Uma Varanda Sobre o Silêncio", do meu conterrâneo Josué Montello(recomendo, de sua autoria, "Os Tambores de São Luís", uma excelente leitura.)uma história de amor incondicional e de dedicação, a história de u'a mãe que, mesmo com a verdade escancarada da morte de seu filho, se recusa a aceditar, preservando seu amor incondicional, sua única razão de viver; não resisti e chorei intensamente, acho que puxando pra mim a dor daquelas pessoas que, mesmo em face da verdade, se recusavam a acreditar nela...De manhã, me levantei, mais resoluto do que nunca, a viver meu dia intensamente, como sempre fiz, pois quantas pessoas se levantam sem sequer saber de si, vivendo automaticamente suas vidas? Vivam!!!Ousem viver!!!Ou, como diria o grande filósofo alemão Immanuel Kant, "OUSEM CONHECER!!!

"Vivo;
Meu corpo
Traz as marcas
De minha intensidade;
Meu coração
As experiências conquistadas
Minha mente
Todos os meus valores
Vivo;

pois mais importante
Do que passar a vida

É ter consciência dela
E vivê-la de verdade
Ousem!!!
Ousem viver..."

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Dor...é só o que podemos traduzir deste momento...A dor dos que perderam entes queridos, parentes, amigos, numa viagem que teve seu destino abruptamente cortado...O que podemos dizer, senão exprimir essa dor, que, mesmo quem não está proximamente envolvido sente essa mesma pontada no peito? Pude ver o incêndio, as labaredas gigantescas e esfaimadas, da janela de meu apartamento, e assistia impotente aquilo tudo...dentro de mim, era como se minha vontade me mandasse voar, alçar alto, como que a soprar aquele incêndio com força prodigiosa, ou, como o personagem de certa minissérie, parar o tempo, para que aquelas pessoas pudessem ser resgatadas...Dizem que o número de mortos pode chegar a 250, numa estimativa recente...Me junto a todos os que, de uma forma ou de outra, seja qual for a fé, oram pelas almas daqueles que foram, dessa forma brutal, arrancados de nós...Que a luz do Grande Mestre do Universo, Deus Misericordioso, incida sobre estas almas...Daqui, só podemos pedir a Ele que conforte as famílias dos mortos, e dê aos que se feriram a força para que lutem por suas vidas...

"Porque aquele que crê em Mim, mesmo que esteja morto, viverá!"

terça-feira, 17 de julho de 2007

Ahhh, a chuva...Para muitos, um contratempo, que os obriga a armar de toda uma panóplia de apetrechos que evitem, a todo custo, serem molhados...Para outros, objeto de contemplação, observação, meditação até...Olhar a chuva cair, ver a água correr nas calçadas, a azáfama de pessoas a se proteger...Tudo convida à meditação, ao relaxamento
Minha relação com achuva é bem outra. Ela é uma carícia do céu na terra, o momento em que céu e terra se entegam ao mais profundo dos amores...Amor que frutifica, amor que vivifica, amor que é o mais completo de todos....Chuva, afrodisíaca chuva, eu te rendo homenagem...

Nas águas intensas
Te recordo
Nas águas caudalosas
Te desejo
Nas águas cálidas
Te vislumbro

Nas águas
Te delineio
Em mim...
Hoje, levantar cedo e dar aula, depois escrever cartas, pois, mesmo com a "praticidade" e a "agilidade" do email, prefiro, para coisas mais preciosamente pessoais, usar a boa e velha missiva, cheia de floreados mas muito deliciosa de se fazer e de escrever. Podemos mais profundamente materializar nossas emoções quando a caneta ou o lápis deslizam no papel, ou esse mesmo papel é martelado pelas igualmente nostálgicas teclas de uma máquina de escrever...Não deixem que a impessoalidade do email destrua essa originalidade...A única ansiedade gostosa de sentir é exatamente a da chegada do carteiro...

"Hoje deslizei as letras
Pra falar-te de amor
Esculpi de tinta meu ser
Engravei no papel meus sentimentos
A buscar-te nesse mar de palavras

No arquipélago da poesia..."

domingo, 15 de julho de 2007

Hoje, domingo de diversão..Encontrar os amigos, uma boa feijoada, boa música e risadas. Uma gratificante troca de energia, onde se pode encontrar de tudo. Também dia de receber coisas de casa, sentir um pouco as saudades da cidade natal, lembrar de momentos e acontecimentos...Nostalgia gostosa de todas as coisas.
Música é a alma das emoções..Podemos tê-las sem ela, mas jamais, quando ouvimos uma m elodia, deixamos de tê-las. Me recolho mais cedo que de costume, pois terei aula cedo, e, como se diz, precisamos estar em forma...

Uma poesia

Nada mais
Me foge ao alcance
O continente de teu corpo
Aporto sôfrego

A descobrir
Teus recônditos tesouros
A erguer meu coração
Como marco dessa descoberta...
O dia foi de fazer uma "triagem" nas coisas e guardados, para ver se não faltava nada. Não vi muita coisa, mas o que pude ver joguei fora. Dia também de cozinhar coisas diferentes, como uma velha receita de torta de carne que minha mãe fazia..Confesso que o resultado não saaiu como eu esperava, mas ficou maravilhoso mesmo assim!!!
Uma outra coisa, para matar a vontade no jantar: Um Bauru(o verdadeiro) no Ponto Chic..Depois vou matar minhas vontades outras...

Hoje, uma poesia

Minha Viagem em ti
Como continente inexplorado

Acaba em vinho mais intenso
No teu templo, teu gineceu
Onde te rendo
Apaixonada homenagem...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Hoje capturei mais um prêmio: a obra-prima do diretor francês Abel Gance, "Napoleon", filmada em 1927, usando recursos inovadores para a época, como uma tela tripla, para captar a magnitude do ambiente, e seqüências de tela colorida, refletindo o estado de espírito de cada cena. Valeu a pena ter esperado tanto tempo até o Emule carregá-lo. Me dediquei às minhas aulas e à minha saga, e ela está agora no Brasil, onde os personagens se inserem na história do nosso país, no sul conflagrado da Revolução Farroupilha ao Rio de Janeiro às vésperas da antecipação da maioridade do Imperador. Bom, quando ela estiver pronta, eu a colocarei aqui em capítulos, no meu blog. Hoje, novamente não deixo poesia, mas outro texto que tem uma grande significação para mim...

"Quando dois corações pulsam no mesmo ritmo,todo o Universo a sua volta harmoniza-se.Quando duas almas se encontram e se reconhecem, o tempo é mera ilusão e todo o sofrimento, pequeno espinho do caminho... As alegrias simples, transbordam do cálice do amor e os pequenos gestos de carinho, movimentam turbilhões de sentimentos elevados, que alcançam as esferas sublimes emocionando até aos anjos. Esse encontro pode durar um segundo, um mês ou mil anos, mas será eterno o seu encanto. E o bem que faz aos dois, multiplica-se para milhões, pois que funde-se ao amor Divino, objetivo dos objetivos. Esse encontro pode se dar por um olhar, por carta, telefone, pessoalmente e até telepaticamente... O que importa, é que as ações, pensamentos e palavras, ficarão eternizadas ecoando pelo cosmos, como ondas de rádio a viajar pelo espaço infinito, semeando vida e amor."

quinta-feira, 12 de julho de 2007

Hoje foi um dia super interessante. Gravar filmes, escrever, mais uma vez deixando o universo dos personagens fluir livremente. Hoje consegui, depois de muito tempo de pesquisa, carregar o filme "Tous Les Matins du Monde", que conta a história de Marin Marais, um dos grandes da música barroca francesa. Brilhantemente interpretado por Gérard Depardieu e seu filho Guillaume( que interpreta Marin Marais em sua juventude)é uma jóia que, agora, faz parte de minha coleção. O filme é uma lição de como a música, em suas diferentes formas de ser vertida, é um elemento que pode nos levar a recantos jamais visitados, e ser além dos sentimentos, da vida e da morte...Um dia, pois, interessante...
Hoje não deixo uma poesia, mas uma fábula, igualmente interessante...

"Estavam juntos, numa mesa, um vidro de tinta e uma folha de papel. Ela, a se orgulhar de sua brancura, que era de uma pureza sem precedentes, mais pura do que as outras folhas de papel que estvam ali, amontoadas em pilhas irregulares. Mas, num átimo, sem que se soubvesse a razão, o vidro de tinta se destampa e , sem pestanejar, enche a folha de papel, antes imaculadamente branca, de palavras que eram versos dolentes, cheios de amor...

"Amor é fogo,
Que arde sem se ver

É ferida que dói
E não se sente;
É o não contentar-se

De contente;
É dor que desatina

Sem doer"

A folha de papel irou-se imediatamente; "olhe o que você fez, seu tinteiro ignorante!", esbravejava com todas as suas forças. "Você me manchou, com essas palavras tirou-me a pureza, de que eu me orgulhava tanto". O tinteiro nada disse, apenas limitou-se a escutar, calado, os insultos da folha de papel. De repente, um homem começou a fazer a limpeza do aposento, jogando o que considerava imprestável no fogo. De repente, sua vista parou no monte de folhas de papel, meio amarelecidas, que estavam em cima da mesa, e começou a jogá-las no fogo. A folha temeu por sua vida, mas o homem, ao tomá-la nas mãos, leu aquelas palavras, e, num gesto rápido, colocou-a de volta na mesa, enquanto que as outras folhas , sem nada escrito, foram jogadas no fogo...O homem, voltando à mesa, releu aqueles versos tão tocantes e, depois, tomou a folha com todo cuidado, guardando-a dentro de um livro, com outros iguais versos...

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Hoje, o dia foi do espírito...Meditar, pensar no que você pode fazer de melhor por você e pelos outros..Hoje também foi dia de visitar um local maravilhoso, onde as pessoas se congraçam e se ouvem mensagens de paz e de vida. Melhor e iluminado com toda aquela intensidade de vibrações positivas, volto à casa, para escrever e deixar meu universo fluir, minhas histórias ganharem vida...
Um conselho: antes de qualquer decisão ou atitude, ponha-se sempre dos dois lados de tudo, pois mesmo que achemos que estamos com as melhores intenções, nem sempre elas são as melhores naquele momento. Sempre tenha isso em mente, pois cada movimento tem uma ação conseqüencial muito forte, e devemos estar sempre preparados para suportar sempre as conseqüências de nossas atitudes...

Um poema

Jamais pense saber a diferença
Entre o céu e o inferno
Pois pode ter passado no céu sem saberes
E pode estar no inferno sem sentires;
Confia em Deus, e ele será tua luz
E, então, andarás sob Seus pés
E na proteção de Suas mãos
PAra sempre...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Dia de responsabilidades, como saldar os compromissos e agendar novos trabalhos...Quando descanso, carrego pedras...Agora, em casa, apenas quero deixar minha mente livre para que meus personagens possam fluir..Uma saga movida a guerra, aventura e paixão, em cinco continentes. Ontem assisti a um filme de Ingmar Bergman, com a sensacional Liv Ulmann, chamado "Saraband", onde uma mulher, em busca de seus fantasmas, vai visitar o ex-marido, e todos os redemoinhos de emoções jamais mostradas são de repente despertos, fazendo com que ela compreenda coisas de si própria que ela mesma escondia. Crítico mordaz da sociedade de seu próprio país, Bergman fere profundamente a fleuma sueca, desnudando, tal qual um Nelson Rodrigues escandinavo, a realidade por trás da máscara de ordem de uma sociedade...Vale a pena assistir, apesar da atmosfera intimista do filme parecer modorrenta...Marcou-me assaz...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Hoje começo esta nova aventura, e nada mais apropriado do que começar com um verso gravado em meu coração:

"Because The Love Is a Durable Fire
Never Sick, Never Old, Never Died;
A Flame Ever Burning
From Itself Never Turning"

("Porque o Amor é Durável Chama
Nunca Adoecido, Nunca Envelhecido, Nunca Morto;
U'a Chama Sempre Queimando
De Si Mesmo Se Renovando")