sexta-feira, 20 de julho de 2007

Nossa Mente, Nosso Universo

Ontem, eu havia falado sobre as pessoas que, longe de verdadeiramente viver, deixam apenas a vida passar por elas, sem sequer haver experimentado a intensidade que esse maravilhoso tesouro, a vida, proporciona; uma pergunta surge daí: como será o coração e a mente dessas pessoas?Será que, algum dia, elas se deixaram levar pelo calor de um debate, pela extremamente gostosa sensação de uma descoberta?
Me pergunto isso, pois a nossa mente é de um cabedal tão grande de coisas, que mesmo numa vida inteira não a exploraríamos por completo. Daí, kardecista que sou, tenho certeza de que repetidas vezes voltamos, para completar elos e partes que faltam, nessa intrincada jornada que é a jornada da alma. sei que muitos preferirão vidas previsíveis, onde tudo está arranjado, ajeitado, nada sendo diferente, tendo a certeza de que o dia vai ser, sempre, igual ao outro. Aí, lanço a pergunta: de que valerá viver assim, se a descoberta, parte maior da evolução do ser humano, embota e definha? Muitos dirão: "assim se pode viver sem sustos". Puxa vida!!! Viver sem o "susto" de ter uma nova vivência,uma nova intensidade, uma nova vontade? Ouço isto, e me lembro do grande mestre dos Ballets Russes, Serge Diaghilev, que, ao fitar os jovens compositores, que se apresentavam para compor ballets para sua companhia, tinha uma frase na ponta da língua: "Me dê um susto, se puder"
Nossa vida só tem sentido se jamais a privarmos desse combustível, dessa vontade de sentir desde uma nova essência, a caminhar uma jornada diversa. Nesse mundo em que os valores humanos foram reduzidos a cifras, nada mais estimulante que irmos além de nós mesmos. Por que ser "igual", se ser original é assaz mais recompensador? A palavra-chave pra bem viver é sempre se deslumbrar...

"No nascer do sol
Jamais me sinto tocar por ele
Da mesma maneira
Está lá, impávido, mas

Se o sentires bem
Jamais tu o verás
Te tocar
Da mesma Forma..."

2 comentários:

  1. Sabe que lendo aqui agora eu parei pensar na minha vida. Tomei uns sustos bem tristes nos últimos tempos.
    Com eles varios nós na garganta, varias sensações indescritíveis...Mas também a chance de recomeçar, de viver outros mundos e sonhos que deixei de lado, adormeci, acalentei.
    Vida é isso não é? Ciclos, vivências, sentimentos ...Mesmo que nem sempre os objetivos da jornada sejam claros, é aceitando os sustos que aprendemos a levantar e a cair.
    Legal demais...
    Beijos
    Glau

    ResponderExcluir
  2. A felicidade sorrindo,
    sussurrou aos ouvidos
    de cada ser humano:
    - Ei, procure-me nas decepções e dificuldades,
    e principalmente,
    encontre-me nas coisas anônimas da existência!
    Mas a maioria não ouviu sua voz,
    e os que ouviram deram pouco crédito.
    Ser feliz é ser capaz de dizer "eu errei",
    é ter sensibilidade para falar "eu preciso de você",
    é ter ousadia para dizer " eu te amo".

    Tudo fica mais leve
    se praticarmos.

    ResponderExcluir

A honra e o privilégio são meus...Muitíssimo Obrigado!!!