Hoje,um domingo especial, com o concerto de encerramento do Festival de Inverno de Campos do Jordão, com a Orquestra Acadêmica do Festival, que reúne pessoas de todas as idades, professores e alunos, onde os mais destacados ganham bolsas de estudo para aprimorar suas habilidades no exterior, mais precisamente na Áustria e na Alemanha. No programa, "Don Juan", de Richard Strauss, e a ária "Who Care if She Cries", de Jocy de Oliveira, na bela voz de Gabriela Geluda, e, finalizando, a magistral "Scherazade", de Rimsky-Korsakov. Isso me levou a uma reflexão profunda, sobre a música, não apenas na sua criação, mas todas as forças que a fazem surgir, refluir e se tornar imortal...
Lembro-me quando assisti "Amadeus" pela primeira vez, e vi o duelo entre a genialidade plena de Mozart e a mediocridade transformada em inveja virulenta, de Salieri. Para Mozart, a música era como um rio que, intensamente caudaloso, vertia de seu coração como iluminada fonte; o desprendimento em pessoa, a magia em forma humana, enquanto Salieri, que jamais agia com a alma, vê a debácle de sua música, enquanto a de seu rival se imortaliza; se ele, em sua vida, abrisse seu coração e sua alma, talvez a inveja jamais fosse sua companheira, pois descobriria rápido o segredo que imortalizou Mozart...
O que nos leva tal duelo? Nos leva a buscar, cada vez mais, nosso próprio coração, para sentir a música que emana dele, ou as maravilhiosas notas de nossa alma, a aplacar o peso dos dias inclementes, das coisas que parecem querer nos engolir...Busquem o coração e a alma, busquem a música dentro de si, e descobrir-se-ão mais poderosos do que jamais sonharam...
"Nos teus gestos
Reges a sinfonia de mim;
Tuas mãos conduzem
A orquestra de meu corpo
Na pauta de minha pele
Escreves com teu gozo
Tuas notas eternas
De apaixonada obra-prima"
domingo, 29 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Affff...sem comentários para ti hoje! Abençoada inspiração.
ResponderExcluir