sábado, 4 de agosto de 2007

Do Amor e das Atitutdes

Ontem juntei minhas palavras a celebrar o amor de uma amiga especial que, mesmo depois de tanto tempo, voltou a viver seu grande amor com toda a plenitude, e jamais, em tempo algum, mesmo com outras pessoas em sua vida, jamais o havia esquecido...
Mas, continuando a falar de amor, lanço outra pergunta ao ar. O que você faria, ou até onde você iria, por um amor de verdade? Sei que essa pergunta já foi feita a muitos, e muitos ficaram com a mesma expressão de vazio dentro de si, como se aquilo fosse uma pergunta difícil de responder como o enigma da esfinge.
O que levou-me a uma história que sempre me acompanha, e vou contá-la da forma mais sucinta que puder; a história de um homem que tinha tudo o que ele poderia, mas deixou tudo isto para viver uma verdadeira história de amor, a grande história de amor do século passado...
Década de 30. O mundo se transformava rápido, com a tecnologia e a ciência dando novos rumos ao homem. O poder dos impérios ainda se fazia perdurar, e nenhum poder era maior do que o do império onde "O sol nunca se punha", o império de Sua Majestade Britânica...
Tudo isto esperava o jovem Edward Albert. Na juventude, vivera todo tipo de aventura, desde viagens a terras longínquas aos perigos da Guerra de Trincheiras, na cruenta e selvagem I Guerra Mundial. Não tinha medo, e era sempre um protetor de seu irmão mais jovem, George Albert. Seu charme cativava as mulheres por onde passasse, atraindo as atenções dos jornais e das rádios, sempre a comentar a "vida boêmia" do príncipe herdeiro, uma vida que passava às margens da responsabilidade...
Um dia, porém, algo muda sua vida. Numa festa em que costumava freqüentar, encontrou um olhar forte, iluminado, vivaz, que fez com que ele, antes descuidado, ficasse cuidadoso; antes descompromissado, quisesse jamais separar-se daquele momento...e o amor nasce, no que os franceses chamariam coup de foudre, o amor do relâmpago, do brilho, da intensidade no único momento...Wallis Simpson era seu nome, e era tudo que ele queria saber...Ela simplesmente se apaixonara, e ele também...
Mas haviam regras...Um príncipe herdeiro não poderia se casar com uma divorciada, ou plebéia, além do que ela era americana, um tipo de sociedade que os ingleses, quando não toleravam, simplesmente desprezavam. Ele , contudo, permaneceu irredutível.
Um dia, o velho rei, pai de Edward, cuja personalidade conduzira o país nos duros anos da Grande Guerra, falecera. Agora, as rédeas do país estavam nas mãos de Edward, agora rei Edward VIII. Mas ele não queria renunciar ao seu amor, nem à sua ânsia de ser feliz. Propôs que ele e ela fizesem um casamento morganático, em que, caso tivessem filhos, eles nãpo teriam direito ao trono, e ele seria sucedido pelo irmão. Após muitas contramarchas, o Parlamento apresentou um ultimato: ou o trono ou a senhora Simpson...
Foi uma noite em claro. Depois de muito pensar, de muito divagar, na manhã seguinte os ingleses ouviriam o que seria a sua última declaração como Rei:
"Vocês devem acreditar em mim, quando lhes digo que seria impossível desempenhar meus deveres como Rei, sem ter a meu lado a figura da mulher que amo. Peço o vosso perdão por tudo e desejo ao novo rei, meu irmão, iluminação e sabedoria para governar com justiça e equilíbrio. Viva o Rei Jorge e Viva a Inglaterra!
Ele, então, foi para a França , onde ela já o esperava. e assim começou a mais bela história de amor do século passado, quando um homem, possuidor do maior império conhecido, tomou a atitude de renunciar a tudo isso pela mulher que amava. Viveram juntos até a morte dele, em 1972, e, depois disso, ela, que era famosa como grande anfitriã, recolheu-se a uma vida reservada, e jamais foi vista em público, até sua morte, em 1986. Respitando a sua última vontade, a família real permitiu que ela fosse enterrada ao lado dele, em Frogmore, no Castelo de Windsor, onde estão até hoje.
Lanço então, depois dessa história, uma pergunta para reflexão: qual a atitude mais importante a tomar por quem se ama?...Reflitam.


Numa terra
Em que reinava
Um Rei de coração puro
Um dia conheceu o amor
MAs nada do que fizesse
Mesmo o que quer que fosse
A fazia aceitada
Um dia, de plena voz
Disse de sua dor atroz
Que jamais seria rei
Longe da mulher amada
Deixou tudo pra trás
Buscando seu amor
Pra jamais se apartar
De sua amada eternidade...

2 comentários:

  1. THOMAS,essa historia parece a minha ao contrario,eu a princesa,ele o plebeu.Joguei tudo fora,herança,posição social,vida estavel e farta,conceitos e preconceitos,por amor.Quando se ama,de verdade,intensamente,inteiramente,não se sabe mais viver sem o ser amado,mesmo que isto nos custe grandes ou pequenas perdas.Mas te digo,vale a pena.E concordo com o comentario da Tania,eu só sei viver oa amor assim, a pessoa amada em primeiro lugar,o resto é resto.Linda historia migo, linda mesmo.

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  2. Acho que a dedicação é a maior prova de amor que podemos dar a alguém.
    Uma outra grnade prova de amor é ser aberto e sincero com relação aos sentimentos, felicidades, medos, preocupações.
    Ainda não vivi um amor assim, com dedicação mútua, acho que esse é o mais gostoso que pode existir.
    SUper beijo

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A honra e o privilégio são meus...Muitíssimo Obrigado!!!