quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Um novo feudalismo
Finalmente, depois de um longo exilio, retorno pra escrever nessa tão abandonada página,onde fazia tempo que palavras novas não habitavam; dessa vez quero ver se não falho com quem visita e não encontra nada novo...
Dizem que o historiador tem a vantagem de ter o passado commo aliado, não como inimigo; é nesse prisma que parei pra fazer uma comparação entre a atual cultura de condomínio, tão comum em nossas grandes cidades, com um período da história que, apesar da distância, tem muito em comum com essa cultura: o feudalismo.
As partes em comum são mais do que podemos sequer imaginar...
Roma, depois de invasões, usurpações e altos e baixos, cai, pelo menos sua parte Ocidental. Os frangalhos do império começam a originar pequenos reinos e frações de dominio que logo se tornaram os tão conhecidos feudos, autossuficientes e politicamente voltados pra si, em conflito com outros feudos, emsmo dentro de si proprios.
A terra se divide e igualmente se divide o ttrabalho, as responsabilidades; cabe ao senhor governar, distribuir tarefas, estabelecer relações de paz ou guerra, de vassalgem e suserania, que regularão, por mais de mil anos, todo esse universo. A insegurança e o medo dominam. a busca por segurança e proteção se intensifica, e começam a surgir fortalezas, que, aleém de representarem o poder do senhor, são elemento de proteção dele e dos servos ligados a ele. O mesmo recruta todo um corpo profissional , seja administrativo , seja militar(dependendo do poder e da riqueza de cada senhor), criando regras próprias e mesmo chegando a cunhar moeda.
Então, quais as partes em comum com o que vivemos hoje? Muitas. Vejamos a verticalização cada vez maior das cidades, com suas torres fortemente demarcadas e com rígidos sistemas de segurança (no castelo feudal, o prédio principal era exatamente a torre de menagem , refúgio do senhor e de seu séquito). Se nos estendermos mais,veremos que um prdio de apartamewntos nada mais é do que um manso senhorial em si mesmo, apenas fracionado em unidade smenores, com toda uma particular cadeia de regras e procedimentos, que dependerão do sindico que administrar. Não reconhece nada? Ponto pra você se reconheceu...
Mas a consequência mais danosa desse encastelamento é que nos tornamos, sem perceber, com um baixissimo indice de sociabilidade, a ponto de não entabularmos o mais simoles contato mesmo ao nos encontrarmos no elevador; vemo-nos como estranhos na mesma masmorra, sem identidade, apenas componentes de uma máquina de morar, sem a identidade , sem a personalidade que um lar deveria ter...Nos tornamos como os servos temerosos de reides e ataques de hordas saqueadoras, nos arrastões que tanto lembram os ataques dos piratas vikings aos vilarejos ingleses e franceses da costa do canal da Mancha e tantos outros...então, mais encastelamento, mais medo, mais insegurança, e acabamos em um quase obscurantismo..Pensem bem e comparem quanta coisa em comum..Reflitam e tirem suas conclusões
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O homem tornou-se prisioneiro de si mesmo.Resposta da evolução da humanidade que descaracterizou a pessoa única. Somos blocos, massas em condomínios criando sociedades próprias e cada vez mais nos isolamos por conta da insegurança.Ótimo texto e muito bem colocado.Parabéns com sua comparação à história.BJos
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