"Por que me viste, Tomé, creste; bem-aventurados aqueles que não viram e creram"(Jo 20, 29)
Neste simples versículo, está o grande embate da civilização. Situar-se entre a noção cartesiana do que se pode medir, mensurar, tocar, e aquilo que não se pode, que se pode apenas sentir, intuir; sabemos que lá está, mas não há como descrever ou mesmo ter palpite acerca; Muitos vão afirmar que só acreditarão, como Tomé, naquilo que puderem estabelecer uma dimensão, ou mesmo uma forma. E a fé, como fica nesse dilema? Como ela poderá sobreviver se for sempre confrontada com o "ver e crer"? Não que eu não entenda esse ponto de vista; fomos tão dilapidados e vilipendiados em nossa confiança que, pasmem, quase chegamos a exigir "prova e contra-prova" das coisas que vivenciamos. Passamos a ser cartesianos, mesmo que não saibamos a exata extensão do significado dessa palavra.
Não pensem que, ao falar isso, eu despreze a busca pelo conforto, pela felicidade das coisas. É natural do gênero humano buscar o conforto das coisas conquistadas, da felicidade oriunda da realização dos "sonhos de consumo". Mas tal não deve se guiar pela vaidade nem se pautar no abssessivo, pois, s isso sucede, onde irá o que se acredita, para onde irá a fé? É isso que os convido a refletir, pois, num mundo cada vez mais materializado, onde a crença no palpável se faz cada vez mais forte, onde haverá lugar para o sensível? Onde haverá lugar para o que se sente, ao invés do que se vê? O mais terrível é que grande parte dessas pessoas se considera cristã...Acho que, antes de dizerem isso, devem prestar atenção na frase que está acima deste texto, e refletir profundamente sobre ela...Deixo, também, outra frase, que é um retrato perfeito do caminho que grande parte das pessoas segue...reflitam, sempre...
"De que adianta conquistar o mundo inteiro, e perder a própria alma?"
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
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Sabe THOMAS, quando Tomé entra e JESUS lhe mostra os estigmas nas mãos dos pregos tão cruamente infincados, e diz CRESTES PORQUE ME VISTES, FELIZES OS QUE CREREM SER TER VISTO,vem em mente,que nós nos acostumamos sómente a crer no que é concreto.Pois bem, refletindo teu texto, não só vivemos num mundo materialista,mas tambem num mundo, onde um fio de bigode não mais fecha um acordo,a palavra não basta,perdemos a confiança nas pessoas e principalmente em nós mesmos.Temos que viver provando coisas,improváveis,inexplicáveis,talvez porque nos habituamos mentir,daí, quando falamos a verdade, temos que mostrar as marcas que deixamos quando agimos sem sermos absolutamente verdadeiros.Refleti tambem naquilo que transcende,naquilo que vem da alma e do coração,na sensibilidade sem medidas,no extremo entre 8 e 80.
ResponderExcluirLI uma vez um livro de RENÉ DESCARTES,e te confesso,TRATADO DAS PAIXÕES,MASTIGUEI O LIVRO.kkk.Li dele tbm OS PRINCIPIOS DE FILOSOFIA,FAZ TEMPO HEM!!!!mas sigo minha intuição,meu sexto sentido,minha espiritualidade,pois quero crer no homem,quero crer em mim, e quando digo que amo,é intensamente vivido e verdadeiro.
LEIA ESTE TEXTO COM CARINHO.
ResponderExcluirNA VIDA HÁ ALTOS E BAIXOs
todas as rosas tem espinhos."
Seria mais fácil se a vida não fosse uma montanha-russa como ela é às vezes, não seria?
Estamos vivendo razoavelmente tranqüilos, e de repente, algo muda o ritmo dos nossos
sonhos e dos acontecimentos de tal forma que temos que parar, imediatamente, onde quer
que estejamos, e sobreviver àquela dor, àquela perda, àquela mudança.
Curar a ferida, esperar cicatrizar, sem parar de viver.
Algumas pessoas conseguem fazer isso mais rápido, possuem uma dose extra do que
chamamos de resiliência, que é essa capacidade extraordinária de levar um golpe da vida,
recebê-lo e refazer-se para começar de novo.
Só que embaixo da cicatriz, mesmo dos resilientes, sempre fica uma marca, que pode provocar
sensações ruins já vividas, como de angústia, tristeza e até desespero por tudo que volta na
nossa cabeça ao lembrarmos do que significou aquela marca.Não são marcas eternas, mas levam às vezes uma vida inteira para desaparecer.